Não há para onde ir, só aqui para pensar enclausurado entre 4 paredes, estas que conhecem segredos mais sórdidos de uma vida regrada a inquietude e sarcamos. Está frio e meus dedos parecem não responder bem as minhas ordens. Há um prato em cima da mesa do computador onde eu jantei e só há simplesmente restos, restos da morbidez sólida e intacta. A colher de ponta azul e absorta impera sua passividade diante de todos os fatos que interagem ao seu redor. Tudo parece tão vago, parece haver brechas entre o conforto de estar aqui e ao mesmo tempo de se sentir lá fora, vangloriando mais uma noite perdida pela passividade de nada querer na vida, apenas aproveitar um breve momento de embriaguez e alegria insensata. Bem uma parte de mim gostaria de estar lá, ao frio, se aventurando em terras perdidas, de perder o juízo, o senso, mas só são desejos carnais ao menos uma vez todos sentem, não fugiria a regra, mas que regras, hum a regra de olhar para o relógio e saber que terá a responsabilidade de convir com seus afazeres, não é cedo, apenas tarde para quem nada tem nessa vida de ímpar e par, bom e ruim, romântico e cafajeste. Tipos e tipos e neles vão se afigurando um novo personagem, nova fala, novo gestos e novas atitudes de se reprimir ao cruel êxtase momentâneo de configurar-se justamente a sua regra a sua incredulidade de não experimentar o doce do ar frio e solitário desta noite. Aqui tudo passa tão de pressa, quando vejo as mascaras caem e só resta olhar na face de um ser ingrato pela sua voracidade de querer o que se esconde diante de seus sonhos, como um feixe de luz formando na janela uma penumbra e ali ele esta escondido querendo ser realmente exposto ao gosto de ser utilizado e vivido não apenas fantasiado e esquecido por sombras da vaidade. A madrugada estar tão reluzente que a luz florescente do quarto a torna tão viva quanto eu, e me submeto a me decair sobre seu poder de manipular mentes insones e transfigurar-nos em seus escravos da noite, de nada poder fazer sobre essa fascinante jornada de encontrar o amanha na escuridão, as dividualidades de estar entre o horizonte de transformações progressivas do meu mundo de 4 paredes, que a cada dia se desfaz em forma de dissoantes de pensamentos lineares e extravagantes, o que da forma ao meu ser e a madrugada dizendo que está a espera de uma próxima experiência inacessíveis aqueles que a rejeitam, mas aos que ficam sabem a expansão que os sonhos se tornam lúcidos e reflexivos e severamente reais nas madrugadas de nossas vidas.
Luiz A.C.Martins
domingo, 1 de junho de 2008
Só elas sabem!
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2 comentários:
Sei que sou suspeita pra falar... Mas o texto tá divino!
A gente espera ansioso uma atualização e vc surpreende mais uma vez!
É uma mistura de coisas, de pensamentos que nos prende totalmente...
Mto bom msm!
Bjaooooooooo
Ahh! Mais um comentário...
Sua irmã tem razão...isso só pode ser psicografia....hauahauahauaha...:P
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