
Luiz A.C.Martins
O sol queima a sua pele devota de pecados. Seus olhos pretos e borrados não negam sua dor. Você quer se libertar, mas esqueceu suas asas em casa. A lua se sobrepõe ao sol e seus olhos enxergam cores confusas. Tons de cores delineiam a forma do seu corpo. Seus pensamentos caem em um oceano tão profundo que se sente voando através da sua inocência ofuscada e obscura. Seu poder vem em buscar o equilíbrio entre o bem e o mal. Luta tão desesperadamente contra todos. No final as cicatrizes revelam sua personalidade ingrata e abatida. Se encontra sempre em um dilema moral, em ter aquilo que deseja e passar sua “dádiva” ou “Mal” a outro. Servir em prol das necessidades do bem sempre vale a pena dar a sua vida e seus sonhos? Heróis não nascem e nem são produzidos o momento determina a eles carregar o grande ardor e mérito em suas costas. Que o herói de cada um nunca morra, se não a esperança de um mundo melhor é adiada ou morta por insanos em busca de caos.
Luiz A.C.Martins
Não há para onde ir, só aqui para pensar enclausurado entre 4 paredes, estas que conhecem segredos mais sórdidos de uma vida regrada a inquietude e sarcamos. Está frio e meus dedos parecem não responder bem as minhas ordens. Há um prato em cima da mesa do computador onde eu jantei e só há simplesmente restos, restos da morbidez sólida e intacta. A colher de ponta azul e absorta impera sua passividade diante de todos os fatos que interagem ao seu redor. Tudo parece tão vago, parece haver brechas entre o conforto de estar aqui e ao mesmo tempo de se sentir lá fora, vangloriando mais uma noite perdida pela passividade de nada querer na vida, apenas aproveitar um breve momento de embriaguez e alegria insensata. Bem uma parte de mim gostaria de estar lá, ao frio, se aventurando em terras perdidas, de perder o juízo, o senso, mas só são desejos carnais ao menos uma vez todos sentem, não fugiria a regra, mas que regras, hum a regra de olhar para o relógio e saber que terá a responsabilidade de convir com seus afazeres, não é cedo, apenas tarde para quem nada tem nessa vida de ímpar e par, bom e ruim, romântico e cafajeste. Tipos e tipos e neles vão se afigurando um novo personagem, nova fala, novo gestos e novas atitudes de se reprimir ao cruel êxtase momentâneo de configurar-se justamente a sua regra a sua incredulidade de não experimentar o doce do ar frio e solitário desta noite. Aqui tudo passa tão de pressa, quando vejo as mascaras caem e só resta olhar na face de um ser ingrato pela sua voracidade de querer o que se esconde diante de seus sonhos, como um feixe de luz formando na janela uma penumbra e ali ele esta escondido querendo ser realmente exposto ao gosto de ser utilizado e vivido não apenas fantasiado e esquecido por sombras da vaidade. A madrugada estar tão reluzente que a luz florescente do quarto a torna tão viva quanto eu, e me submeto a me decair sobre seu poder de manipular mentes insones e transfigurar-nos em seus escravos da noite, de nada poder fazer sobre essa fascinante jornada de encontrar o amanha na escuridão, as dividualidades de estar entre o horizonte de transformações progressivas do meu mundo de 4 paredes, que a cada dia se desfaz em forma de dissoantes de pensamentos lineares e extravagantes, o que da forma ao meu ser e a madrugada dizendo que está a espera de uma próxima experiência inacessíveis aqueles que a rejeitam, mas aos que ficam sabem a expansão que os sonhos se tornam lúcidos e reflexivos e severamente reais nas madrugadas de nossas vidas.
Luiz A.C.Martins
- Estou me sentindo culpado pelo que fiz.
- Você deveria ter vergonha de si mesmo por este ato.
- Não ligue ao que ele diz, aja com indiferença.
- Mas estou com muita dor na consciência.
- Você perdeu e se acha um perdedor.
- Não tenho a solução para tal problema.
- pense “nada mais importa” e siga em frente.
- Não sabe o que fala e nem liga para o que pensam ou que sentem.
- Viva à vida, só viva. Se si importar mais tenso ficará.
- Eu faço as coisas certas, mas não existe ninguém para anotar meus pontos, quando faço algo errado todos se vangloriam por tal derrota e se sentem “deuses” na terra de pecadores para poder julgar o que é certo ou errado.
- Mas eles não sabem quem é você realmente, então seja surdo, mudo e cego para essas pessoas.
- Eu não quero que me compreendam, porque isso acabaria com todo encanto da minha existência. Igual em Filmes incompreensíveis que no final ele se responde e você entende tudo. Perde a graça. A graça é sempre ficar se questionando, mas não saber de tudo, deve ser chato saber tudo, como eu disse perde a graça.
- Que pessoinha estranha você é, mas entendo o que diz, porem não sei o que pensa. Nem me importo, contanto que não se importe comigo também.
- Mas você me recrimina pelos meus atos, e diz não se importar.
- Já volto, vou fumar
- Ta bom.